Machado de Assis, no conto _A Sereníssima República_, aponta, por meio da alegoria, problemas de fundo do sistema político brasileiro. Uma espécie de cultura da fraude estaria presente nos comportamentos das aranhas, o que impossibilitaria a implantação reta e precisa da lei, bem como a instituição da paz e da _securitas_. Sérgio Buarque de Holanda, ao analisar, a partir de fontes primárias, o período em que se passa o conto, constata os mesmos problemas que Machado de Assis apontara. (...) Os conceitos políticos espinosanos são movimentados, ao final, para mostrar que em um _imperium_ no qual as leis são constantemente violadas, não se está distante do estado de natureza, com grande perigo de vida para os súditos-cidadãos. Seria este o caso da república do conto e do Brasil atual? (shrink)

La libertad es una de las realizaciones humanas que más se valoran, pero que a la vez es más fácil de perder, la gran mayoría de las veces de forma voluntaria. Los lamentos más usuales son: hemos perdido la libertad, o nuestra libertad está en peligro; pocas veces se dice: hemos entregado la libertad, o, sólo sabemos vivir encadenados. Pero además, se asume la libertad como algo dado, sin más, y no se toma en cuenta que es un estado o (...) condición que hay que preservar, si se tiene, y luchar por incrementarlo. De hecho, la vida es una lucha constante por aumentar la libertad. Otros aspectos incorporados a este ensayo son la fundamentación del sistema de libertades en la libertad individual –siguiendo muy de cerca a Mill-, las características de ese sistema de libertades y el cuestionamiento a las doctrina del “interés nacional” o del “interés general”, como formas veladas de colectivismo, muy estimadas en América Latina. (shrink)

As características do teletrabalho podem contribuir tanto para o aumento quanto para a diminuição do estresse do trabalhador. Este estudo buscou identificar os preditores de estresse, em termos de vantagens e desvantagens do teletrabalho, recursos e demandas psicossociais relacionados ao trabalho e interação trabalho-família, entre servidores da Justiça Federal do Rio Grande do Sul que desenvolvem teletrabalho. Os 130 participantes responderam o questionário de dados demográficos e laborais, escala de estresse percebido, vantagens e desvantagens do teletrabalho, recursos-demandas do trabalho e (...) interação trabalho-família. Análise de regressão linear múltipla identificou um modelo preditivo de estresse composto pelas variáveis de interações trabalho-família e família-trabalho negativas, autoeficácia e sobrecarga. Os resultados apontam fatores de risco e proteção para o estresse entre teletrabalhadores. Ressalta-se a necessidade de legislação laboral nacional que regulamente o teletrabalho, de forma a configurá-lo de maneira mais concreta, permitindo ações visando à saúde dos trabalhadores. (shrink)

This book provides new theoretical approaches to the subject of virtuality. All chapters reflect the importance of extending the analysis of the concept of “the virtual” to areas of knowledge that, until today, have not been fully included in its philosophical foundations. The respective chapters share new insights on art, media, psychic systems and technology, while also presenting new ways of articulating the concept of the virtual with regard to the main premises of Western thought. Given its thematic scope, this (...) book is intended not only for a philosophical audience, but also for all scientists who have turned to the humanities in search of answers to their questions. (shrink)

Traduit de l'italien par Marilène Raiola et Thierry Bedouelle Préface de Jean-Robert Armogathe Le premier mérite de T. Gregory est de présenter l'état actuel des recherches, sur un mode critique, illustré par des exemples. Tandis qu'un consensus s'était établi qui voyait dans les "libertines érudits" les derniers humanistes de la Renaissance, Gregory y voit les premiers représentants d'une pensée articulée des Lumières. A une Renaissance perçue comme le dernier feu du passé il oppose une interprétation nouvelle, hardie, d'ouverture des temps (...) modernes, de genèse de la raison classique. Sans doute il faut s'entendre sur les mots : cette raison-là contient bien des éléments magiques, astrologiques, alchimiques. Mais n'avons-nous pas trop souvent procédé par anachronisme et anticipé notre conception de la rationalité sur un âge où elle se constituait, à partir d'autres éléments? Gregory décrit la mise en place de cette rationalité inchoative, la genèse de la raison classique. A partir de l'introduction. (shrink)

O objetivo do presente artigo é defender as seguintes teses. Em primeiro lugar, as teorias da justiça de Habermas e Rawls devem ser vistas como duas versões do construtivismo kantiano, entendido como abordagem metaética que pretende reunir anti-realismo e cognitivismo forte. Em segundo lugar, o contraste com o “construtivismo reconstrutivista” de Habermas ajuda a esclarecer de que modo a teoria de Rawls atende à pretensão de universalidade própria do cognitivismo forte. Ao realçar o fato de que o construtivismo de Rawls (...) está baseado no trabalho reflexivo da consciência individual, o contraste com Habermas permite compreender em que sentido os conceitos de equilíbrio reflexivo e consenso sobreposto designam um ideal com pretensão de validade universal, o que desmente o particularismo implicado nas interpretações coerentistas e relativistas destes conceitos. (shrink)

The present book is the first to undertake a systematic study of Peirce’s conception of historical knowledge and of its value for philosophy. It does so by both reconstructing in detail Peirce’s arguments and giving a detailed account of the many ways in which history becomes an object of explicit reflection in his writings. The book’s leading idea may be stated as follows: Peirce manages to put together an exceptionally compelling argument about history’s bearing on philosophy not so much because (...) he derives it from a well-articulated and polished conception of the relation between the two disciplines; but on the contrary, because he holds on to this relation while intuiting that it can easily turn into a conflict. This potential conflict acts therefore as a spur to put forth an unusually profound and multi-faceted analysis of what it means for philosophy to rely on historical arguments. Peirce looks at history as a way to render philosophical investigations more detailed, more concrete and more sensitive to the infinite and unforeseeable nuances that characterize human experience. In this way, he provides us with an exceptionally valuable contribution to a question that has remained gravely under-theorized in contemporary debates. (shrink)

O objetivo do presente artigo é defender as seguintes teses. Em primeiro lugar, as teorias da justiça de Habermas e Rawls devem ser vistas como duas versões do construtivismo kantiano, entendido como abordagem metaética que pretende reunir anti-realismo e cognitivismo forte. Em segundo lugar, o contraste com o “construtivismo reconstrutivista” de Habermas ajuda a esclarecer de que modo a teoria de Rawls atende à pretensão de universalidade própria do cognitivismo forte. Ao realçar o fato de que o construtivismo de Rawls (...) está baseado no trabalho reflexivo da consciência individual, o contraste com Habermas permite compreender em que sentido os conceitos de equilíbrio reflexivo e consenso sobreposto designam um ideal com pretensão de validade universal, o que desmente o particularismo implicado nas interpretações coerentistas e relativistas destes conceitos. (shrink)

Partindo da noção de discurso de Michel Foucault buscamos pontuar os efeitos das falas comumente admitidas sobre o(a) professor(a) nos meios sociais e as formas como essas falas corroboram a instituição da figura do(a) bom(boa) professor(a). Para tanto recorremos aos textos publicados na seção "Obrigado, professor" da revista Nova Escola, sobre os quais empreendemos nossa análise.

Although it is commonly believed that the concept of brain death was developed to benefit organ transplants, it evolved independently. Transplantation owed its development to advances in surgery and immunosuppressive treatment; BD owed its origin to the development of intensive care. The first autotransplant was achieved in the early 1900s, when studies of increased intracranial pressure causing respiratory arrest with preserved heartbeat were reported. Between 1902 and 1950, the BD concept was supported by the discovery of EEG, Crile’s definition of (...) death, the use of EEG to demonstrate abolition of brain potentials after ischaemia, and Crafoord’s statement that death was due to cessation of blood flow. Transplantation saw the first xenotransplant in humans and the first unsuccessful kidney transplant from a cadaver. In the 1950s, circulatory arrest in coma was identified by angiography, and the death of the nervous system and coma dépassé were described. Murray performed the first successful kidney transplant. In the 1960s, the BD concept and organ transplants were instantly linked when the first kidney transplant using a brain-dead donor was performed; Schwab proposed to use EEG in BD; the Harvard Committee report and the Sydney Declaration appeared; the first successful kidney, lung and pancreas transplants using cadaveric donors were achieved; Barnard performed the first human heart transplant. This historical review demonstrates that the BD concept and organ transplantation arose separately and advanced in parallel, and only began to progress together in the late 1960s. Therefore, the BD concept did not evolve to benefit transplantation. (shrink)

Kerridge et al recently published a paper in the journal about organ transplantation and the diagnosis of death.1 Although I appreciate the authors’ efforts to present their arguments about such a controversial issue, I found some inconsistencies in this article that I would like to discussWhen Kerridge and his collaborators discussed the origins of the concept of brain death , they emphasised that after the report of the medical consultants on the diagnosis of death to the US President’s Commission was (...) published in 1981,2 clinicians equated the concept of BD with brainstem death. In fact, the brainstem criterion was first proposed by Mohandas and Chou in Minnesota, in 1971.3 The Minnesota criteria inspired the UK code, which was mainly adopted in UK commonwealth countries.4 This view was afterwards powerfully defended by Christopher Pallis.5 After the US President’s Commission report,2 a lot of countries, and most US states, accepted the whole brain, and not the brainstem, criterion.6Regarding the “dead donor rule”, with the advent of transplant surgery, interest in definitions and diagnosis of death based on brain formulations really acquired a new urgency. None the less, it is important to point out that the concept of BD as death of the individual, did not appear to benefit organ transplantation, but was a consequence of the development of intensive care. As Pallis emphasised, if organ transplant techniques had never been developed, intensive care procedures would have provided the possibility of supplying life support to those cases with destroyed brains and preserved heart function, and physicians would need to face the clinical syndrome called BD.5 When French neurophysiologists and neurologists described the death of the nervous system and coma dépassé, organ transplant techniques were only in the very early stages of development. …. (shrink)

Dentro da relação entre a necessidade humana de compreensão e os “murros fechados do mundo” que o absurdo camusiano ocorre. O absurdo, vindo dessa dicotomia entre ser humano e mundo, decorrente dessa impossibilidade, ou com maior precisão, da irracionalidade do mundo descoberto pelo ser humano, é o que pauta a filosofia de Camus. Nesse contexto, a relação do absurdo com a ciência se torna um tema central de um dos ensaios de Camus, O mito de Sísifo. O autor expressa toda (...) sua revolta com a ciência moderna por nunca lhe oferecer o mundo, a ciência apenas descreve e elucida, nunca fornece o mundo à compreensão do ser humano. Essa situação pode ser esclarecidase atendo aos livros de alguns cientistas do século XX, principalmente Werner Heisenberg, o qual elucida, em A parte e o Todo, uma discussão ao redor do tema da compreensão na física moderna. Sendo assim, o propósito deste artigo é estabelecer uma relação entre o absurdo e a revolta de Camus com a ciência com o que Heisenberg demostra como os limites da compreensão na física. No final, parece que ambos autores convergem a conclusão de que o ser humano não é capaz de chegar a compreensão do mundo por meio da ciência. (shrink)

Resumo No Manifesto surrealista, de 1924, Breton explicita o produto da atividade surrealista como uma “luz de imagem”, gerado pela aproximação involuntária de duas realidades distantes. Essa estrutura dupla da imagem surrealista tem um caráter disruptivo, que rompe com a nossa percepção da realidade cotidiana. Com isso, abre-se a possibilidade de um espaço para a crítica social e histórica, bem como para uma intervenção estético-política justamente em uma sociedade na qual as formas tradicionais de crítica parecem estar neutralizadas. Essa experiência (...) surrealista e esse espaço aberto por ela Walter Benjamin caracteriza respectivamente com a fórmula “iluminação profana” e “espaço de imagem”. Ambos apresentam uma grande semelhança com alguns pontos e consequências, em seus conceitos, tanto de “imagem do pensamento”, como de “imagem dialética”, sobretudo na medida em que esses conceitos também são formulados em meio à crise cultural da sociedade europeia, nos 1920, e buscam uma saída revolucionária para a mesma. Trata-se de investigar aqui, por meio de uma análise comparativa dessas concepções de imagem, até onde vai a influência e a relevância do surrealismo para o pensamento figurativo-dialético de Benjamin e para sua compreensão da história.In the Surrealistic manifest from 1924, Andre Breton explains the product of surrealistic action as a “light of image” resulting from an arbitrary approach of two distant realities. This double structure of surrealistic image has a disrupting character that breaks our common perception of reality. Thus can open a space for social and historical criticism as well as for an aesthetical-political intervention in a society where traditional forms of criticism seem to be neutralized. Walter Benjamin defines this surrealistic experience and its opened space respectively with the expressions “profane illumination” and “image space”. Both have similarities with Benjamin’s ideas of “thought image” and “dialectical image”, especially because they were elaborated amidst the cultural european crisis in the 1920ies looking to find a revolutionary way out of it. Through a comparative analysis of these notions of image, this paper proposes to investigate the influence and the relevance of surrealism for Benjamin’s dialectical-figural way of thinking and his comprehension of history. (shrink)

On 5 August 1968, publication of the Harvard Committee’s report on the subject of “irreversible coma” established a standard for diagnosing death on neurological grounds. On the same day, the 22nd World Medical Assembly met in Sydney, Australia, and announced the Declaration of Sydney, a pronouncement on death, which is less often quoted because it was overshadowed by the impact of the Harvard Report. To put those events into present-day perspective, the authors reviewed all papers published on this subject and (...) the World Medical Association web page and documents, and corresponded with Dr A G Romualdez, the son of Dr A Z Romualdez. There was vast neurological expertise among some of the Harvard Committee members, leading to a comprehensible and practical clinical description of the brain death syndrome and the way to diagnose it. This landmark account had a global medical and social impact on the issue of human death, which simultaneously lessened reception of the Declaration of Sydney. Nonetheless, the Declaration of Sydney faced the main conceptual and philosophical issues on human death in a bold and forthright manner. This statement differentiated the meaning of death at the cellular and tissue levels from the death of the person. This was a pioneering view on the discussion of human death, published as early as in 1968, that should be recognised by current and future generations. (shrink)

Este artigo aborda as motivações para a docência e os desafios enfrentados por licenciandos em psicologia. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa, e o instrumento de coleta de dados questionário online com questões abertas e fechadas. Participaram do estudo, onze estudantes de cursos de licenciatura em psicologia de quatro instituições universitárias das regiões sul e sudeste do Brasil. Os resultados demonstraram que a escolha pela licenciatura se deu, sobretudo, pelo interesse e curiosidade na área da educação, apropriação dos saberes (...) pedagógicos, ampliação do mercado de trabalho, bem como as possibilidades de atuação profissional. As dificuldades apontadas revelaram: a falta de informações sobre as especificidades do curso de licenciatura e da atuação do professor de psicologia e a ausência de docentes com saberes pedagógicos para atuar na licenciatura em psicologia. Embora seja considerada formação complementar entre os estudantes, observou-se possibilidades de um ensino-aprendizagem de psicologia engajada e inventiva. (shrink)

No Tratado político, Espinosa, ao primeiro movimento do texto, faz dura crítica àqueles que criaram utopias ao tratarem da política. Tais filósofos, afirma, por tomarem os homens não pelo que são, mas pelo que gostariam que fossem, conceberam uma forma de política que nunca pôde ser posta em aplicação. Tese muito próxima à de Maquiavel, presente em O Príncipe, segundo a qual, para escrever coisa útil neste campo, deve-se ir direto alla verità effettuale della cosa che alla immaginazione di essa. (...) Não casualmente, portanto, no Capítulo V do Tratado político, último parágrafo, Espinosa usa os termos ‘agudíssimo’ e ‘prudentíssimo’ ao se referir ao florentino. Há mais Maquiavel em Espinosa para além das citações elogiosas? O artigo procurará tratar desta questão ao mostrar alguns traços comuns às respectivas filosofias políticas. Ao que indicam as fontes primárias e alguns comentadores, Espinosa teria se apropriado, e reconceitualizado, à sua maneira, teses-chave do florentino para escrever suas obras, em particular o Tratado político. (shrink)

No primeiro movimento o artigo analisa, em panorama, a ontologia espinosana. Após, mostra como, do interior dos conceitos presentes na ontologia, derivam os de homem, desejo, alegria e tristeza, esperança e medo, segurança e desespero, ação e paixão. Da relação entre ontologia, homens e desejo – bem como dos demais afetos –, são extraídas, em breves considerações, algumas teses políticas de Espinosa. Levanta-se, neste movimento argumentativo, a hipótese de que as teses políticas espinosanas derivam de sua ontologia e de sua (...) concepção de homem como desejo e variação de potência. O conceito de desejo é analisado à luz da variação de potência e do tema do direito natural, o qual, em Espinosa, se identifica a potência. Quando das breves derivações à política, algumas teses hobbesianas – relacionadas aos temas da multidão, povo, representação, direito natural, estado civil, etc. – são trazidas à argumentação para que se mostre, por contraste, o peso das inovações espinosanas. (shrink)

Este artigo investe na ideia de que a infância é um dispositivo histórico do poder. Tem-se como referência analítica Michel Foucault, que concebe a noção de dispositivo em suas discussões a respeito da sexualidade. A hipótese geradora é a de que, a partir do momento em que a criança se torna um dos grupos estratégicos do dispositivo da sexualidade, produz-se sobre ela um conjunto heterogêneo de regimes de verdades e práticas que configura uma maneira de ser e ter uma infância, (...) influindo significativamente nas perspectivas pedagógicas modernas. Dialogando com Deleuze, Agamben e Veyne, considera-se que todo dispositivo possui: linhas de visibilidade e de enunciação que são, respectivamente, máquinas de “fazer ver” e de “fazer falar” ; linhas de força, que sustentam os campos de visibilidade e os regimes de enunciabilidade; e linhas de subjetivação que são, segundo Deleuze a dimensão do “si próprio” e que configuram o sujeito infantil. Apresenta-se três grupos de práticas articuladas às estas características do dispositivo: as práticas pedagógicas, as práticas divisórias e identitárias de gênero e de sexualidade e as práticas médicas. Observa-se que, para Foucault, o dispositivo da sexualidade disciplina os corpos, regula e normatiza a população, regulamenta o prazer e os saberes sobre o sexo, e, além disso, ocupa-se, por meio desse regime sobre o sexo, da preservação da espécie humana. A infância como dispositivo, na perspectiva ora apresentada neste artigo, também regulamenta a criança, constituindo-a em “sujeito infantil”, estabelecendo uma pedagogia e uma ciência que compuseram o pensamento pedagógico moderno sobre e para infância, ocupando-se também da preservação e da manutenção dessa espécie outra, a criança. Palavras-chave: Infância. Educação. Foucault. Dispositivo. (shrink)

With the six volumes of the Writings edited by the Peirce Edition Project at Indiana University since 1982, the monumental work of Charles S. Peirce has finally received the care, respect, and love that it deserves. The sixth volume, object of attention of this review, represents a thorough selection and edition of Peirce's writings from 1886 to 1890.

La física durante la segunda mitad del siglo XIX experimentó una silenciosa pero profunda revisión de sus fundamentos. A pesar de su importancia para los desarrollos posteriores de la física, los estudios históricos y filosóficos sobre dicho periodo son escasos comparados con aquellos de principios del siglo XX. Este trabajo reconstruye algunos aspectos de la física de este periodo usando dos herramientas conceptuales: espacios controversiales de Oscar Nudler y estilo de razonamiento científico de Ian Hacking. El objetivo es mostrar los (...) elementos que produjeron el desbloqueo conceptual de la controversia sobre el determinismo durante la segunda mitad del siglo XIX y principios del siglo XX. (shrink)

Este artículo propone que las actitudes proposicionales doxásticas, o creencias, funcionan en una estructura de dos niveles, uno básico o fundacional, concebido a partir del lenguaje, y otro epistémico o no fundacional, creado a partir del proceso confiabilista. Lo anterior representa sólo un modelo del funcionamiento de la mente en relación con los procesos que originan conocimientos, sin suponer que existan físicamente tales niveles. Lo que sí existiría, puesto que observamos que sus resultados se adecúan al modelo expuesto, son, por (...) un lado, procesos que generan conocimientos y cuyo comportamiento puede describirse mediante conceptos de carácter probabilístico, y por el otro, procesos cuya viabilidad depende del uso adecuado del lenguaje. (shrink)